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Ora (direis) ouvir estrelas

por | 27 jun 2024

Tatá vai à forra contra o editor do site e explica melhor a coluna anterior

ilustração: @paozinho_celestial

Talvez não tenha ficado tão claro o meu ponto de vista no último texto. Aparentemente, o editor desse site acha que nós, pessoas de exatas, não entendemos de metáfora.

Mas pasmem todos: entendemos, sim. Claro que não é com tanta afeição como quem curte muito a área, mas o básico, sabemos.

Então, voltei para dizer o que o que eu realmente quis dizer na última vez. Escrevendo agora, essa última frase me pareceu confusa, mas vamos lá: metáfora ou literal?

Desde crianças somos introduzidos ao mundo das metáforas, que é tudo uma questão de “quis dizer tal coisa” e, para mim, realmente é isso. Um exemplo: quando damos a notícia para uma criança que tal pessoa morreu, falamos que “virou estrela” e entendemos o significado disso.

E para nós, já crescidos, sabemos que não devemos levar tal fala de forma tão literal, porque sabemos que é impossível. Mas, e para aquela criança que é questionadora? Vai perguntar o que aconteceu ou como tal pessoa se tornou estrela e aí?

Sobre a música que deu um click na minha mente, “olha o Sol, desligou”, é óbvio que metaforicamente, está falando sobre anoitecer, tanto que o próximo verso é “compete com a sua pele cor da noite”, então sim, editor, eu entendo que é uma metáfora e, pela língua portuguesa, não devo interpretar literalmente.

Mas eu quis mostrar sobre como funciona a minha mente quando estou no “modo estudante de exatas”.

Acho que todos esses tipos de linguagens dificulta a vida daqueles que querem aprender a nossa língua e, aparentemente, até a nossa, dos nativos.

A língua é viva e está aberta a diversas interpretações, já na Física, dividimos em referenciais. Se temos dois referenciais, temos uma resposta para cada um, e acabou. Apenas os referenciais dependem da interpretação de cada um (nós, estudantes, temos que escolhê-los com base no que é pedido pelo enunciado).

Mas, para não perder o fio da meada, vamos voltar ao que interessa: a capacidade das pessoas de exatas de entenderem metáforas. E eu espero ter deixado bem claro que entendemos, sim, às vezes só não gostamos delas mesmo, como “a Lua iluminando o Sol”, isso realmente é bem ruim em diversos níveis e, nesse caso, a capacidade de entender metáforas está em falta.

Tirando isso, nos saímos muito bem em um mundo além de integrais e derivadas.

Aproveitando que essa semana utilizei para tentar me explicar sobre a última semana, vou dar um gancho para a próxima e deixar vocês roendo as unhas de ansiedade.

Não sei se o editor deste site me permitirá colocar um vídeo do Twitter (agora chama X, né?) aqui, mas quero falar sobre um slime magnético que é capaz de passar em lugares estreitos e se envolver em objetos pequenos.

Estranho, né? É realmente algo meio melequento que se move e conversaremos, na próxima quarta, como que funciona esse negócio e em quais áreas ele será um grande aliado.

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