Para não falar tanto de vírus, vamos falar um pouco de crescimento capilar.
Sabiam que todos os pelos de nosso corpo têm seu próprio ciclo de crescimento e queda?
A hipertricose (do grego “crescimento excessivo de pelo”) é uma doença com muitas variantes, que em sua maioria implicam o crescimento anormal de pelos em áreas pouco comuns e independente da influência hormonal.
Em algumas dessas variantes (sobretudo as hereditárias), a fase de crescimento do pelo se estende mais do que o normal, o que faz com que as pessoas acometidas pela doença tenham um aspecto de lobisomem (também conhecido como licantropo).
No passado, quando nada se sabia de genética nem de crescimento capilar, se considerava os doentes de hipertricose como animais selvagens, e eram exibidos em circos e feiras. Num passado não tão distante, a TV aberta brasileira, que vivia momentos especialmente apelativos e infames, fez o mesmo, em uma edição do programa Domingo Legal, em 1996.
Hoje sabemos que a única coisa que os hipertricóticos têm em comum com os lobisomens é o aspecto peludo (ainda bem!).
Ciência Monstruosa é um projeto do pesquisador e comunicador científico argentino Alberto Díaz Añel, que o Ciência na rua está adaptando para o português. Toda sexta-feira publicaremos um texto aqui e nas nossas redes sociais.
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