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Ciência Monstruosa – Vampiros: quanto mais longe, melhor

Alberto Díaz Añel
Tradução e adaptação: Tiago Marconi

(Foto: Sandstein CC-BY-3.0)

1) O que têm a ver os vampiros e os vírus? Em primeiro lugar, sabemos que existem vampiros que propagam os vírus. Sim, os morcegos vampiros, que podem transmitir o vírus da raiva. Falaremos com mais detalhes em publicações futuras.

2) Mas o vampirismo, que é muito contagioso, pode ter sua origem em um vírus?

Essa ideia foi desenvolvida magistralmente por James Matheson em seu romance Eu sou a lenda, de 1954. Apesar de no romance original os culpados pelo vampirismo serem bactérias, na última versão cinematográfica deste livro, a culpa toda é de um vírus criado por humanos.

3) Independentemente das diferenças entre o livro e o filme (o que acontece em 99% das adaptações), fica claro que a melhor solução para evitar o contágio é o isolamento social preventivo e obrigatório, especialmente se estamos cercados de vampiros e sobretudo quando não existe uma cura, como uma vacina ou um medicamento antiviral (ou tiverem acabado o alho e as cruzes).

4) E por que é preciso isolar-se? Porque os vírus não podem se multiplicar por si mesmos, precisam das células de um hospedeiro para isso (no caso, as nossas). Mais adiante a múmia vai explicar isso com mais detalhes.

Fotograma do filme Eu sou a lenda (Warner Bros)

5) Portanto, se nos mantemos isolados daqueles que estão infectados, não há maneira de o vírus nos alcançar. E se somos nós os portadores do vírus, nos afastando das outras pessoas, evitamos que elas se contagiem.

6) Portanto, enquanto durar a quarentena, #FiqueEmCasa, como Robert Neville, o protagonista de Eu sou a lenda.

 

Ciência Monstruosa é um projeto do pesquisador e comunicador científico argentino Alberto Díaz Añel, que o Ciência na rua está adaptando para o português. Toda sexta-feira publicaremos um texto aqui e nas nossas redes sociais.

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