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Novas evidências sugerem que neandertais eram mais velocistas do que fundistas

Reprodução de neandertal em museu (foto: Petr Kratochvil)

Estudo recente altera o que sabíamos sobre os homens de Neandertal, de acordo com reportagem publicada na revista Newscientist. Como os fósseis dessa espécie costumavam ser encontrados próximos a fósseis de animais da última era glacial, como mamutes, renas e cavalos, as evidências sugeriam que ele era adaptado a condições frias.

Uma análise mais rigorosa das camadas de solo em que esses fósseis foram achados, no entanto, indica que viveram ao mesmo tempo e no mesmo lugar que espécies associadas a florestas mais quentes, como explicou à revista John Stewart, da Universidade de Bournemouth, que liderou a pesquisa. Para caçar nesse ambiente, os neandertais se valeriam mais de explosão muscular e aceleração, como os velocistas de 100 metros rasos, do que de resistência, como maratonistas.

A conclusão se apoia também em uma análise que encontrou, no código genético dos neandertais, variações associadas ao desempenho em esportes de explosão atuais.

Os homens de Neandertal, que têm esse nome por terem sido encontrados no vale de Neander (Neanderthal, em alemão), eram um ramo separado da árvore genealógica dos humanos modernos, e as espécies conviveram por milhares de anos na Europa. Já foram vistos como brutos, mais próximos dos macacos do que dos homens, mas hoje se sabe que tinham muitos traços em comum conosco, como domínio de ferramentas, armas, vida social complexa e, possivelmente, linguagem.

Também há fortes evidências de cruzamentos entre neandertais e sapiens sapiens. Entre 1% e 2% do DNA de pessoas descendentes de europeus ou asiáticos foi herdado desse primo distante.

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