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Bom dia, bons dias

por | 29 jan 2025

Tatá conta as diferenças entre dia sideral e dia solar

ilustração: @paozinho_celestial

O assunto de hoje serão as diferenças entre o dia sideral e o solar. Imagino que nunca nem tenham ouvido a respeito disso, até porque, para nós, dia é dia e simples assim.

Mas, em termos de estudos, existe essa diferença, e talvez ela seja mais para facilitar para nós, meros mortais, do que qualquer outra coisa. Pelo nome, acho que já fica claro o que cada um quer dizer, né? Sideral tem a ver com o espaço e o solar, o que mais poderia ser, né?

Mas, quais as diferenças entre eles? Os dois são utilizados para medir o tempo aqui na Terra, mas têm suas peculiaridades, e é sobre isso que vamos conversar hoje.

A diferença está apenas na aparência do objeto em movimento. Na contagem do dia sideral, levamos em conta o movimento de rotação da Terra, ou seja, o tempo que ela demora para dar uma volta no seu próprio eixo. Já a contagem do dia solar se baseia no movimento aparente do Sol. Mas que raios é isso? É a impressão que temos de que o Sol se move ao nosso redor e não o contrário. Por essa impressão, fazia sentido acreditar que a Terra estava no centro e o resto se movia ao redor dela, até porque parecia que estávamos parados e quem ia embora e reaparecia eram o Sol e a Lua.

Depois de toda essa diferenciação, vou explicar o porquê de termos essas contagens do tempo e o motivo de serem diferentes. Prontos?

Temos dois tipos de dia sideral, mas vamos focar no dia sideral médio. Aquele que sabemos que, na verdade, não tem 24 horas redondas, mas sim 23 horas, 53 minutos e 5 segundos. Definimos um dia sideral como: o ângulo horário no ponto vernal.

Primeiro: ângulo é definido como a região formada por duas semirretas que partem do mesmo ponto de início. Ajudou em nada essa explicação, peraí, vamos tentar de outra forma. Pegue uma folha e um lápis, faça um pontinho em algum espaço da folha, depois trace uma linha reta para a sua direita (a partir do ponto feito), depois trace outra linha (também a partir do ponto) uns 2 dedos acima da anterior. Percebeu que ficou um espaço entre elas? Trace uma linha meio circular, conectando as duas e a nomeie de x. O que acabamos de nomear como x, é um ângulo. Melhorou?

Depois do ângulo, vem o horário, que sabemos muito bem o que é, se move no sentido positivo do relógio, como: 12h, 1h, 2h e assim vai até chegar no 12h novamente. E ponto vernal é a intersecção (ponto de encontro) entre o equador celeste (não o terrestre como conhecemos) e a elíptica, onde o Sol passa do hemisfério sul para o norte.

Ou seja, quando o Sol se movimenta em um ângulo horário e passa pelo ponto de encontro entre o hemisfério sul e norte, temos um dia sideral, que sofre com a influência da velocidade angular de translação da Terra. Simples assim (ou talvez não).

Para definirmos um dia solar, levamos em conta o leste e o oeste, não mais o sul e norte. O dia solar é o tempo entre dois trânsitos sucessivos do Sol sobre o mesmo meridiano e é assim, que contabilizamos os nossos fusos horários. O dia solar tem início ao meio dia, horário em que o Sol está no seu ponto mais alto no céu e termina (aproximadamente) 24 horas depois, no meio dia do dia seguinte. Ele é influenciado pela excentricidade da órbita da Terra (a medida da distância entre o centro geométrico de um corpo que gira e seu eixo de rotação, segundo o Aulete) e a obliquidade do seu eixo de rotação (ângulo entre o plano da órbita terrestre e o plano do equador celeste).

E é assim que temos as diferenças entre dois (ou mais) tipos de dias, todos nas mesmas 24 horas que contabilizamos aqui. Há diversas contas de correção e o motivo de termos o ano bissexto é exatamente a diferença de tempo entre os dias siderais e solares.

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