jornalismo, ciência, juventude e humor
Dia Nacional da Ciência tem comemoração e protesto
Ciência na rua

por | 8 jul 2019

Com informações do Jornal da Ciência

Atividades em algumas capitais brasileiras celebraram o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador, comemorados desde 2001 no dia 8 de julho, em homenagem à fundação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Em São Paulo, a Feira de Ciências na Avenida Paulista foi realizada no dia 7, aproveitando  a interrupção do trânsito de veículos aos domingos. Robótica, paleoantropologia, palinologia, foram muitas as áreas do conhecimento representadas nos estandes. Além da feira, foi realizada uma passeata em protesto pelos cortes no orçamento dos órgãos federais de educação e ciência. As atividades foram organizadas pela Associação Nacional de Pós-Graduação (ANPG); movimento Cientistas Engajados; Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp); Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APQC); Instituto Questão da Ciência; e entidades que representam os docentes das principais universidades públicas do estado (Adusp, Adunesp e Adunicamp). Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal Paulista (Unifesp) e de institutos estaduais de pesquisa colaboraram com as exposições de seus estudos nas tendas.

Marimélia Porcionatto, secretária regional da SBPC em São Paulo, avaliou positivamente o evento revelou planos para realizar estas atividades com maior frequência e com regularidade. “Cientistas, professores e estudantes puderam interagir com crianças, adolescentes e adultos de todas as idades. Além do protesto contra os cortes nos orçamentos da ciência e tecnologia (MCTIC) e da educação (MEC), a população que circulava pela avenida teve uma amostra do que é feito nas universidades e institutos de pesquisa paulistas”, disse ela ao Jornal da Ciência.

No Rio de Janeiro, o Domingo com ciência na Quinta, com mais de 150 atividades de diferentes áreas da ciência e 700 voluntários, atraiu cerca de 4,5 mil pessoas na Quinta da Boa Vista. Além de celebrar as datas, o evento, que teve apoio de 22 instituições e associações do estado, teve como objetivo chamar a atenção da população e dos governantes para a importância da ciência no dia-a-dia e no desenvolvimento sustentável do País. Ana Tereza Vasconcelos, conselheira da SBPC, em declaração ao Jornal da Ciência, chamou a atenção para a situação complicada das instituições de pesquisa no estado, “Estamos tendo cortes constantes na área de Ciência e Tecnologia bem como MCTIC. E é para isso que estamos aqui: para comemorar, mas também para alertar que sem ciência, sem tecnologia e sem educação nós não teremos os pilares básicos para o desenvolvimento econômico e social do País”.

Em Belo Horizonte, o evento foi realizado no sábado, 6, no Centro de Referência da Juventude e atraiu público de várias idades. Entre estandes com apresentações sobre parasitas, matemática, engenharia e vários outros campos, chamava a atenção o estande do Grupo de Estudos em Frutíferas Exóticas e Nativas do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA-UFMG), que levou de  Montes Claros iguarias como suco de coquinho azedo, doce de buriti e licor de pequi. “Muitas pessoas desconhecem os sabores e até a existência das frutas do cerrado como a macaúba, o pequi e o coquinho azedo. O evento é uma forma de darmos um retorno do nosso trabalho para a sociedade. Ao mesmo tempo, os questionamentos do público, as sugestões que eles trazem, retroalimentam nosso trabalho. É uma via de mão dupla”, comemorou o professor do ICA Paulo Sérgio Nascimento Lopes, em entrevista ao Jornal da Ciência.

Além dessas três cidades, houve atividades em Recife e Natal, no fim de semana. Na Bahia, a data foi lembrada antecipadamente, durante o feriado do 2 de julho.

 

Compartilhe:

Acompanhe nas redes

ASSINE NOSSO BOLETIM

publicidade