Thaciana de Sousa Santos
Pensei em muitas coisas para contar, como a prova de Física 1 que tive ou a de Cálculo 1, que é nessa semana. Mas vou compartilhar um pouquinho sobre energia mecânica.
Apesar do nome da matéria ser Física 1, no primeiro semestre estudamos a mecânica clássica. Bom, Newton já descobriu tudo o que precisava, o jeito é só aceitar mesmo. E mesmo com o nome de mecânica, não trata de motores e coisas do tipo. A mecânica clássica estuda os movimentos, variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo. A mecânica como conhecemos, relacionada com motores, é estudada na engenharia mecânica.
Vou explicar um pouquinho sobre a energia na mecânica clássica. É engraçado pensar que (tentem acompanhar a minha tentativa de explicar) enquanto um carro, por exemplo, anda em linha reta, ele possui energia cinética, ou seja, de movimento. A energia cinética, por definição, é: massa x velocidade²/ 2. E e a energia pode, literalmente, mudar, quando se considera o fator altura.
Eu sei, gente, uma loucura, os “divertidamentes” devem estar surtando agora! Mas um objeto, em uma certa altura, possui energia potencial gravitacional, que é: massa x gravidade (o famoso 10m/s²) x altura. Mas não para só aí (tô sentindo daqui o cheiro de fumaça subindo da cabeça de vocês): quando esse objeto está nessa determinada altura, submetido à força da gravidade, e cai sobre uma superfície e se movimenta, temos a energia mecânica. Mas caaaalmaaaa, a energia mecânica é a energia cinética somada com a energia potencial (não só a potencial gravitacional, porque é preciso considerar também a potencial elástica, tipo a de uma mola). Viu só? Não é um bicho de sete cabeças. Aprender física pode ser legal!
Para aproximar essa explicação toda, pense em um paraquedista. Ele está lá em cima, num avião, até chegar ao local onde ele vai pular. Esqueça o avião agora, o paraquedista pulou, enquanto ele cai (sem abrir o paraquedas, porque senão vamos entrar em outra coisa), ele tem altura de onde ele está até o solo, a sua própria massa e a aceleração da gravidade – isso no ponto mais alto.
Multiplicando tudo, temos a energia potencial gravitacional – pense apenas nesse ponto alto que ele está, porque conforme ele cai, a energia diminui, porque a altura é diretamente proporcional. Ok, chegamos até aqui. Para evitar uma trágica morte, o paraquedista, obviamente, abre o paraquedas (essa parte não é importante aqui). Quando ele chega no solo, suponhamos que ele corra um pouco, a energia gravitacional será convertida em cinética, pois ele terá a sua própria velocidade e não terá mais o compnente da altura.
Bom, espero que tenham entendido, pelo menos um pouco, sobre a energia estudada na mecânica clássica. Pensem nisso quando estiverem em um elevador, em uma escada ou andando de carro. Exemplos práticos de como a física funciona estão sempre no nosso dia a dia.
Obrigada por estarem mais uma semana aqui comigo. Espero vocês na próxima, até mais!
Thaciana de Sousa Santos é estudante de graduação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e escreve semanalmente para o Ciência na Rua