jornalismo, ciência, juventude e humor
A curiosidade é uma chave

por | 31 maio 2022

por Thaciana de Sousa Santos

Oi gente, tudo bem?

Eu voltei e estou vendo que vocês também. Espero que tenham gostado do meu primeiro texto, confesso que ele foi fácil de escrever, escrevi tudo de coração muito aberto. Agora, esse segundo tá me dando um trabalho danado, parece que eu já contei tudo o que tinha para contar – a vida de escritora não é fácil.

Pensei muito no que escrever hoje, já reescrevi esse texto algumas vezes. Não sabia ao certo o que dizer, o que compartilhar. A semana foi muito tranquila porque, por algum milagre, estou entendendo a matéria, e fiquei perdida com o que podia dizer a vocês.

Resolvi compartilhar sobre a curiosidade. A curiosidade move a ciência, vidas e pessoas. Os bebês, por exemplo, eles não sentem vontade de algo que não conhecem, apenas curiosidade quando veem algum adulto fazendo algo. E foi a curiosidade que me levou ao caminho que sigo hoje.

Para quem não sabe (quase todos), o meu pai é eletricista e, quando pequena, eu tinha a curiosidade de saber o que ele estava fazendo, por que estava fazendo ou por que tinha que ser daquele jeito. Ele tentava me explicar, mas não fazia muito sentido na minha cabeça. Não fazia sentido ele só mexer em uns fios no chuveiro, e a água quente sair. Ou estar queimando alguma coisa para fazer funcionar – é aquele negócio lá, solda, sabe? Isso aí.

Nada disso fazia sentido, assim como diversas outras coisas, como o fato de a Terra girar e estarmos parados ou sofrermos com a ação da força da gravidade e estarmos em pé e não deitados o tempo todo. Coisas desse tipo, que ninguém sabia me explicar, fizeram com que eu buscasse respostas na ciência.

Para todas as minhas perguntas, tinha respostas, e eu só precisava saber o lugar certo para encontrá-las. Todas essas respostas estão aí, na internet, de “fácil” acesso. Convenhamos que de fácil não tem nada, às vezes é uma linguagem tão rebuscada, difícil, que eu até me pergunto se sei ler realmente. Mas entendi que eu não sei ler cientificamente, o que acontece com muita gente. É claro que fofoca de famoso é muito mais simples de entender do que a teoria da relatividade, e tudo bem, não é culpa sua. Mas, até o final da graduação, espero poder trazer respostas mais simples para a sua dúvida.

A curiosidade sempre aparece, e isso tem me ajudado a estudar os conteúdos na faculdade. Tento mantê-la por perto porque ela desperta a vontade de aprender, de guardar aquilo, aquela informação. E é isso que eu tenho feito, além das aulas, leio os livros, busco mapas mentais do conteúdo, vejo explicação de outro professor, e assim vai. Normalmente faço esse bocado de coisa quando me sinto mais perdida do que cego em tiroteio nas aulas. E e tem ajudado, pelo menos um pouco.

Agora está um pouco melhor (dizer que melhorou é muito forte, talvez esteja “menos pior” do que estava), e a parte de energia está mais “tranquila” talvez. De certa forma, eu acho que faz sentido o conteúdo, talvez isso esteja facilitando.

Eu vou me despedindo por aqui, mas eu volto na próxima semana e eu terei muita coisa para contar, como diz o que meu pai “vou falar até pelos cotovelos”. Mas antes de ir, gostaria de fazer um apelo às mães e pais ou jovens com irmãos mais novos. Incentivem as crianças a gostarem de ciência, tudo bem se não gostarem de matemática, mas coisas mais simples, como o fato da Terra não ser plana, evita adultos que são tão contra a ciência.


Thaciana de Sousa Santos é estudante de graduação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e escreve semanalmente para o Ciência na Rua

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