Programaço para quem gosta de cinema e de física ao mesmo tempo, e estará no Rio, no próximo domingo, 19, às 17 horas: exibição do filme Copenhagen, de Howard Davies, seguida de uma conversa entre os físicos Serge Haroche, francês, prêmio Nobel de física em 2012, e Luiz Davidovich, brasileiro. professor titular do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), mediada pelo jornalista Bernardo Esteves, repórter da revista Piauí.
O programa é resultado de uma parceria entre o Instituto Moreira Salles e a ABC e vai acontecer no cinema do instituto. A conversa nas alturas do emaranhamento, interação entre luz e matéria, e outros temas complexos da física quântica, deve fluir bem, porque os dois físicos se conhecem desde os anos 1980 e têm, não só uma boa parceria profissional, como uma firme relação de amizade.
Haroche, 72 anos, natural de Casablanca, Marrocos, dividiu o Nobel de física em 2012 com o norte-americano David Wineland, pelo desenvolvimento de métodos experimentais inovadores que permitem a medição e a manipulação de partículas quânticas individuais. As pesquisas exploraram o campo de óptica quântica, que lida com a interação entre luz e matéria. O pesquisador francês realizou variados experimentos envolvendo a interação de átomos com fótons, que demonstraram propriedades sutis do mundo quântico.
Davidovich, que se graduou em física em 1968 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e foi orientado em seu doutorado na Universidade de Rochester, Estados Unidos, pelo brasileiro Herch Moysés Nussenzveig, é especializado também em óptica quântica, como o amigo francês, e em informação quântica, que investiga como a física quântica pode ajudar na transmissão de informação, nas medidas de precisão e na computação. Emaranhamento é o conceito mais frequente quando de fala dos trabalhos desse físico carioca, que, entre variados outros prêmios, já foi agraciado com o Almirante Álvaro Alberto, o mais importante da ciência brasileira, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Centífico e Tecnológico (CNPq).
Quanto ao filme Copenhagen (2002), para quem ainda não viu, é uma adaptação da peça de Michael Frayn sobre o encontro histórico, em 1941, entre Niels Bohr e Werner Heisenberg, físicos cuja parceira ajudaria a estabelecer as bases teóricas para a construção da bomba atômica. Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, os dois passaram a atuar em lados opostos do conflito.
Os ingressos custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na recepção do IMS ou pelo site www.ingresso.com.
Mais serviço:
Disponibilidade de ingressos sujeita à lotação da sala.
Instituto Moreira Salles
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