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SBPC: o debate é político, não pessoal, diz Pavão
Política científica

por | 7 jul 2016

Professor de química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), envolvido há décadas com importantes iniciativas de educação e divulgação da ciência, Antonio Carlos Pavão crê que há uma tentativa de desqualificar a posição que externou na 68ª Reunião Anual da SBPC no final da manhã da quarta feira, 6 de julho, em Porto Seguro, Bahia. “Trata-se de uma posição política, crítica ao fato de a SBPC ter se envolvido com o atual ministério e nutrir ilusões de que este governo de Michel Temer, que já demonstrou seu desprezo à ciência e tecnologia, possa oferecer qualquer suporte positivo à ciência ou à comunidade científica em nosso país. É minha posição e também a da maioria das pessoas que estavam no ato da quarta feira”, disse ele ao Ciência na rua.

Pavão enfatizou que não tem qualquer briga pessoal com a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, por quem nutre o maior respeito. “Minha manifestação está sendo distorcida. Meu discurso tinha um contexto e foi dentro dele que cobrei uma posição da SBPC. Entendo que, por sua história, inclusive a corajosa resistência à ditadura militar de 1964 a 1985, ela não tem o direito hoje de ficar em cima do muro”.

Acrescentou que não foi machista na discussão nem chamou Helena de pelega, “grito que partiu de alguém no auditório”. E insistiu que a essência desse debate é político. “Transformá-lo em alguma espécie de ataque pessoal é oportunismo”.

Há uma forte expectativa na Universidade Federal do Sul da Bahia, anfitriã da reunião, quanto aos debates da tarde desta quinta, que encerram a 68ª Reunião da SPPC..

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