Que pergunta mais sem sentido. A resposta é óbvia. É claro que sou favorável à extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia. E por qual razão deveria apoiar um órgão tão poucoimportante? O presidente golpista, perdão, o presidente usurpador, não, o presidente interino está corretíssimo em decretar esse fim. O Brasil tem outras prioridades. É preciso enxugar oEstado, racionalizar a máquina administrativa, cortar gastos, equilibrar as contas, promover o ajuste fiscal, acabar com essa esbórnia de apadrinhamentos e aparelhamentos das estruturas públicas. O fundamental é investir com mão de ferro no gerenciamento das ações, pensar na relação custo-benefício. Quais as contrapartidas e o retorno que esse monte de pesquisas inúteis pode trazer ao Brasil? Cientistas que ficam enfurnados em seus laboratórios, sem prestar contas à sociedade, semideuses intocáveis que se acham acima do bem e do mal divagando sobre questões descabidas e fórmulas indecifráveis e que não guardam qualquer relação prática com a nossa realidade. Um bando de improdutivos que vivem batendo cabeça e mais escondem que revelam. Notem o que acontece com o zika vírus. Centenas de mulheres que engravidam e mergulham em angústias e dúvidas, sem saber se seus bebês nascerão com microcefalia. É uma epidemia gravíssima. E os iluminados pesquisadores, o que conseguem oferecer? Nada. Sugam milhões de reais que poderiam ser investidos para ajudar na garantia do superávit primário e no pagamento dos juros da dívida pública. E ainda vêm com esse mimimi barato e rastaquera de “perda de qualidade e de crise de competitividade da ciência brasileira no cenário internacional, afetando nosso desenvolvimento”. Quanta bobagem. Mais sofisticação na análise, por favor. Li duas matérias sobre o tema nessa semana que, minhanossa, são de amargar. A primeira falava de ossos de mastodonte encontrados na região da Flórida que confirmam que a ocupação das Américas começou há 14.500 anos. Notem a associação maluca. O que um osso pode explicar sobre a população da região? E qual a importância disso? Passado remotíssimo. A quem interessa? Quem lê isso? Perda de tempo e, muito mais grave, enorme sangria de dinheiro. Tudo bem, não é estudo brasileiro. Mas outra reportagem esdrúxula – e nessa parada estamos envolvidos – tratava de um passeio de balão feito por bactérias no espaço, a trinta quilômetros de altitude, para avaliar os riscos e a possibilidade de sobrevivência naquele ambiente. Idiotice pura. Dá para comparar bactérias com seres humanos? Investir uma bolada para estudar o que acontece com serezinhos desprezíveis e primitivos. Basta. Chega de bolsas de mestrado e doutorado para mimados e filhinhos de papai se refestelarem no exterior. Ganhamos a Medalha Fields de Matemática recentemente? E daí? Que porcaria é essa? O que saiu disso? Muito mais relevante conquistar a confiança das agências de investimento e do mercado internacional. Só militantes esquerdinhas raivosos não enxergam essa necessidade. Aliás, por falar em militância, passou da hora de colocar também um ponto final nesse inescrupuloso proselitismo político e ideológico que contamina os corações e as mentes dos nossos jovens nas escolas e universidades. Essa ladainha anacrônica embalada por Marx, Paulo Freire, Florestan Fernandes, Milton Santos e outros pseudo-pensadores de quinta categoria deve ser combatida e imediatamente proibida. Com urgência. Nas aulas, o professor limitar-se- ia (viu como é bom ter um presidente que sabe falar Português?) a apresentar as informações de maneira neutra e imparcial, sem emitir opiniões sobre os temas e sem afrontar as convicções dos estudantes. Esse é o papel do verdadeiro educador. O resto é lavagem cerebral. Não é censura. Trata-se da garantia de que nossos filhos e netos não sentarão mais nos bancos escolares para repetir essa cantilena pestilenta e nefasta de “transformações sociais, luta de classes, direitos humanos, pedagogia do oprimido, globalização assimétrica”. Sou favorável à aprovação imediata das leis que estão em tramitação em nível federal, estadual e municipal e que proíbem “a introdução de conteúdos que possam estar em conflito com as convicções morais, religiosas ou ideológicas dos estudantes ou de seus pais ou responsáveis”. Que Alagoas sirva de exemplo para o restante do Brasil. Por favor, não fale em crise. Trabalhe. Estamos construindo as várias pontes para o futuro. Não há nada há temer.
#NÃOVAITERCIÊNCIA