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“Logos” leva estudante de escola pública ao mundo da pesquisa científica

O caminho concebido por uma jovem baiana de 18 anos para ligar os dois polos envolve cursos e mentorias com mestres e doutores

Julia Carvalho criou a Iniciativa Logos (Marina Silva/ Correio)

 

A dificuldade em encontrar grupos de iniciação científica para se aprofundar nos estudos inspirou uma estudante baiana a criar um projeto para mudar essa situação, conta reportagem de Emilly Oliveira, publicada no jornal Correio. Julia Carvalho, 18 anos, é a pessoa por trás da Iniciativa Logos, experimento que conecta estudantes de escolas públicas à pesquisa científica por meio de alunos de graduação, mestres e doutores.

Junto com a Fundação Anísio Teixeira, a Logos oferece um curso de iniciação científica on-line em que os participantes têm aulas e recebem mentoria para produzir um artigo científico com temas voltados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O curso está no terceiro ciclo e reúne estudantes de diversos estados.

A iniciativa chamou atenção e Julia foi uma das selecionadas para a turma de Jovens Transformadores da Ashoka 2023 (uma ONG internacional criada em 1980 na Índia pelo norte-americano Bill Drayton), junto com mais 20 brasileiros de 16 a 20 anos que lideram projetos e movimentos de impacto social em suas comunidades.

“Sou apaixonada por temas como ciências sociais, economia e política. Esses campos do conhecimento me ajudam a entender o mundo. Acredito que a pesquisa seja um direito e a melhor forma de mergulhar em um tema de interesse dos jovens. No entanto, quando tentei me dedicar a pesquisas científicas, encontrei várias barreiras: da falta de mentores à necessidade de investimentos. Foi então que pensei em criar uma iniciativa para facilitar a vida de outros jovens que querem pesquisar”, conta a empreendedora ao site da Ashoka, uma rede presente em 95 países.

A Iniciativa Logos tem também um programa de multiplicadores, em que alunos ministram palestras e rodas de conversa nas escolas de suas comunidades – no momento na região Norte e interior do Nordeste. “Quero que os estudantes encontrem menos barreiras para serem pesquisadores. Também percebi que gosto de uma educação diferente do método tradicional de ensino, que dê ferramentas para pensar o mundo efetivamente”, diz Júlia na reportagem, acrescentando sua predileção pelas áreas do conhecimento que envolvem política e economia, que ensinam sobre o mundo e permitem a atuação dos agentes de transformação.

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