jornalismo, ciência, juventude e humor
Finalmente, a lesma robô magnética

por | 1 ago 2024

No último texto da trilogia, Tatá enfim explica o que é o slime magnético

ilustração: @paozinho_celestial

Chegou a hora de retornar e falar sobre aquela geleia que, espero eu, deixou todos curiosos.

No primeiro momento em que vi aquele vídeo, fiquei com diversos pontos de interrogação na minha cabeça e genuinamente me perguntei porque uma lesma estava se movendo tão rápido. Logo de cara, me veio a lembrança da vez em que estava dormindo, passei a mão no travesseiro, e lá estava ela: a lesma. Fiquei o resto da noite acordada e tentando lavar as mãos com mais força do que deveria.

Após todas as minhas lembranças ruins, lembrei do vídeo e fui ler a legenda e pesquisar. Aí sim vi do quê realmente se tratava.

Esse slime magnético foi feito por um grupo de cientistas da Universidade Chinesa de Hong Kong. De acordo com publicação do site Mundo Conectado, um dos seus criadores, professor Li Zhang comentou que:“quando você o toca muito rapidamente, ele se comporta como um sólido. Quando você o toca suavemente e lentamente, ele se comporta como um líquido”.

Antes de mais nada, vamos entender os aspectos físicos desse objeto tão estranho. Depois pensaremos como ele pode ser utilizado, sobretudo na medicina.

O microrrobô é controlado por ímã, igual a esses que colocamos na geladeira. Sabemos que essa atração não acontece por mágica e sim pelo magnetismo (espero que se lembrem!). Agora me surgiu uma grande dúvida: como foi feito o primeiro eletroímã? Vou ter que aprender e responder na próxima semana.

Pela fala de Zhang, sabemos que o slime muda conforme a força aplicada sobre ele. Para isso, foi utilizada uma mistura de álcool polivinílico, bórax (muito usado em produtos de limpeza) e partículas de ímã neodímio (um metal).

Agora que sabemos que é composto por um metal, faz todo o sentido o que falei sobre campo magnético!

Na medicina, um slime magnético pode ser utilizado no sistema digestivo do corpo humano, para ajudar, por exemplo, na redução de danos causados por uma ingestão de bactérias. A ideia é ótima e tenho certeza de que, assim que possível, será utilizada.

Por enquanto, o slime possui partículas magnéticas tóxicas, e ainda não sabemos o quão tóxicas seriam para o nosso corpo, dependendo inclusive do tempo em que ficaria lá. Acho que, por ora, é um risco desnecessário. Mas cientistas provavelmente darão um jeito de resolver esse problema e utilizar o microrrobô como um grande aliado da medicina para diminuir cirurgias invasivas.

Compartilhe:

Colunistas

Luiza Moura

Luiza Moura

Thaciana de Sousa Santos

Thaciana de Sousa Santos

Vinicius Almeida

Vinicius Almeida

Acompanhe nas redes

ASSINE NOSSO BOLETIM

publicidade