Crowdfunding não tem nada a ver com mágica. À primeira vista, pode parecer tentador abrir uma vaquinha online e esperar sentado que todo mundo que gosta de você doe rios de dinheiro para a sua super ideia. Mas, na prática, projetos de sucesso quase sempre contam histórias de muito trabalho e intenso planejamento.
Se você também pretende entrar nessa, precisa quebrar a cabeça e construir maneiras de divulgar o projeto para uma multidão de pessoas desconhecidas. Muita gente já conseguiu e a sua ideia também pode engrossar as estatísticas dos projetos que arrecadam e superam a meta de recebimento de dinheiro em campanhas online.
A revista ComCiência, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, entrevistou Diego Reeberg, sócio fundador da Catarse, a maior plataforma de crowdfunding do Brasil.

Diego Reeberg, sócio fundador da Catarse
Para ele, quem quer abrir um financiamento coletivo pela primeira vez deve investir um bom tempo estudando as plataformas e os projetos. Não dá para ter pressa! É preciso paciência para “desenhar o plano de comunicação, as recompensas, prazos e metas”.
Depois de alguns anos à frente da Catarse, Reeberg é enfático ao afirmar que não se deve colocar o projeto na plataforma para testá-lo. Antes disso, o idealizador deve perguntar aos conhecidos, amigos e familiares se alguém daria dinheiro para a ideia.
“Colha muitos feedbacks. Após essa etapa, desenhe todo o plano de comunicação detalhadamente, aproveitando o aprendizado dos outros projetos. Por último, abra o crowdfunding”, recomenda Diego.
Quando questionado sobre a melhor fórmula para definir uma meta, ele não tem dúvida. “A meta é o mínimo necessário para a ideia sair do papel”.
Na Catarse, metade dos projetos atinge a meta. Isso não é pouco, pensando que em plataformas internacionais como a Indiegogo e a Kickstarter, em média, apenas 2 em cada 10 projetos conseguem atingir o mínimo necessário para a ideia sair do papel.
A boa notícia é que cada vez mais estudantes estão usando o crowdfunding para financiar propostas interessantes.
Quando indagado sobre os projetos mais legais para os jovens tentarem um financiamento coletivo, Diego respondeu que “o financiamento coletivo é uma oportunidade para se conectar com pessoas em torno de um objetivo comum. Dentro disso, não tem muito o que pode ou não ser feito. Tudo pode ser feito, desde que existam pessoas que também queiram fazer.”
No fundo, é importante entender os mitos que envolvem o financiamento coletivo para acertar o passo e obter sucesso utilizando essa ferramenta mega, ultra, hiper, power, hard, master, blaster.
Se você pretende conhecer o tema mais profundamente, não deixe de ler a entrevista completa de Diego Reeberg. E está tudo aqui ó:
https://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=119&tipo=entrevista