Estudantes de engenharia da Universidade de São Paulo, campus de São Carlos , estão trabalhando pesado na viabilização de experimentos científicos desenvolvidos por crianças e adolescentes. Os equipamentos inventados e construídos pelo grupo de garotos e garotas pode ser enviado para o espaço e realizar coletas para dar continuidade às pesquisas que eles realizam aqui em solo.
A iniciativa é do grupo Garatéa, que reúne institutos de pesquisa, universidades e empresas de tecnologia. Desde 2017, o consórcio desenvolve atividades com estudantes de escolas públicas e privadas do interior de São Paulo e já lançou para o espaço três missões. “A missão Garatéa tem uma vertente muito forte de educação, é um de nossos 3 verticais: Ciência, Indústria e Inspiração Educacional. Para isso, atualmente temos três programas com ciclos anuais: 1. Garatéa-E, um projeto de balões estratosféricos, em que escolas enviam seus experimentos para altas altitudes; 2. Garatéa-ISS, em que enviamos experimentos de crianças para a Estação Espacial Internacional; e 3. Gincana de Astronomia Galileu-Garatéa, produzida pela revista Galileu na qual escolas do Brasil todo competem à distância”, explica o engenheiro espacial Lucas Fonseca, que coordena o projeto.
O experimento que deve subir em 11 de agosto é a edição de 2018 da Garatéa-E. “Tivemos inscrição de mais de 100 projetos de 92 cidades do Brasil todo e selecionamos 32 para voarem em um balão estratosférico. A ideia do projeto é que as escolas proponham experimentos baseados na metodologia científica, e quando escolhidas como finalistas, colocam pra voar no balão”, antecipa Fonseca. O Balão sobe até perto de 32km de altura, três vezes mais que um avião comum em velocidade de cruzeiro e depois estoura. “É assim que o experimento volta. Um paraquedas garante a descida lenta até a superfície terrestre e os alunos-cientistas podem colher seus materiais e continuar a pesquisa”, explica.
O coordenador conta que a missão Garatéa-E é organizada por alunos do Zenith, um grupo de extensão da USP de São Carlos. “É um bom exemplo de estudantes universitários e pesquisadores colaborando com o ensino básico de ciência. Os universitários auxiliam na execução do projeto com a premissa de retornarem a sociedade a oportunidade de estudarem em uma faculdade pública”. O grupo existe desde 2014, orientado por Lucas Fonseca e hoje conta com mais de 40 alunos de diversas instituições da região, além da Universidade de Sao Paulo.
Para a sonda ser lançada em 11 de agosto, os estudantes de São Carlos montaram uma vaquinha virtual. As escolas participantes pagam uma taxa de participação que garante o lançamento do balão. “Mas queremos preparar um grande evento para o dia do lançamento, que ocorrerá em São Carlos, no interior de São Paulo. Além disso, aumentarmos a quantidade de balões que voarão em próximas edições. Quem doar será recompensado com brindes e certificados”, sugere o engenheiro espacial.
Este aqui é o vídeo da campanha de lançamento do Garatéa-E. E, para doar, clique aqui.