Imagem de referência e trabalho do algoritmo no estilo de Vermeer
Estudo desenvolvido na Universidade de Maryland, nos EUA, fez com que um algoritmo pintasse imagens digitalmente seguindo os estilos de Van Gogh, Vermeer, Seurat e de paisagens chinesas da dinastia Ming, segundo reportagem da revista NewScientist.
Resultado gerado a partir do estilo do quadro ‘Noite estrelada’, de Van Gogh
A inteligência artificial usou como parâmetro de 3 a 10 pinturas para cada estilo e um método chamado reinforcement learning (aprendizado reforçado), baseado em tentativa e erro. O algoritmo aprendeu a identificar propriedades das pinceladas, como posição, densidade, tamanho e cor, além da ordem em que deveriam ser feitas. Para cada estilo, o treinamento levou cerca de seis horas.
Depois do treino, a equipe apresentava uma fotografia para a inteligência artificial, que deveria reproduzi-la no estilo determinado. O algoritmo então gerava uma imagem, pincelada por pincelada, em cerca de cinco minutos. Embora existam filtros que reproduzam estilos de pintura, essa forma sequencial consegue precisão muito maior. A equipe inclui pesquisadores da Adobe, portanto existe a possibilidade de que a técnica seja incluída em alguma versão futura do Photoshop.
Em outubro passado, um retrato pintado por algoritmo foi leiloado por mais de 400 mil dólares.
“Em termos de técnicas de pintura, a capacidade de um sistema baseado em inteligência artificial vai se aproximar ou superar a capacidade de um humano, contou Dinesh Manocha, um dos autores do estudo, à NewScientist, ponderando, no entanto, que os algoritmos ainda não são páreo para a criatividade humana.
O artigo pode ser encontrado no endereço https://arxiv.org/abs/1904.02201.
