Coral-sol encontrado na entrada e na parte central da Baía
Após a introdução do coral-sol invasor (Tubastraea spp) na Baía de Todos os Santos ter sido registrado em 2008, verifica-se agora que ele está expandindo suas populações na região. O Projeto Corais da Baía as vem monitorando desde 2011, em colaboração com outras instituições parceiras (PRÓ-MAR e Instituto Maré Global), e alguns dos resultados foram publicados na última quarta feira, 20, na revista Marine Biodiversity Records (ver artigo completo em https://mbr.biomedcentral.
As evidências obtidas por essa atividade são de que o coral-sol ampliou sua distribuição de 5 para 18 áreas em 4 anos (entre 2011 e 2015). Essas áreas incluem o estuário do Paraguaçu (Fig 2 b,c,d,e,f), localizado a noroeste, e outros locais na entrada (fig 2 a) e na parte central da baía. Tais registros aumentam a preocupação com os impactos que o coral-sol causa nas espécies e comunidades nativas dos sistemas naturais da Baía de Todos os Santos já descritos em outros trabalhos.
O coral-sol se espalhou de forma inédita pelo estuário do Rio Paraguaçu
A presença desse invasor em um sistema estuarino (estuário do Paraguaçu) é inédita e seus potenciais efeitos precisam ser investigados. Infelizmente, em 2016 o Projeto Corais da Baía já identificou pelo menos mais 3 novas áreas infestadas pelo coral-sol e em breve o mapa de distribuição deverá será atualizado. Por fim, ações de manejo que visem minimizar os impactos do coral-sol sobre espécies nativas são urgentes na Baía de Todos os Santos, uma das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade marinha no Brasil.