Tatá especula sobre os possíveis fins do Sol e suas consequências

ilustração: @paozinho_celestial
Caro leitor, sei que você me esperou por aqui na última semana, e eu não apareci. Sinto muito pela demora e mudança nos nosso planos, mas tive uma prova infernal e me dediquei 100% a ela e depois tive um colapso nervoso porque, infelizmente, o desespero com o término do curso bateu.
Mas estou de volta e, para te recompensar, espero que na próxima semana tenha mais algum texto sobre as minhas pataquadas universitárias.
Com todo o desespero universitário, tem dias em que penso que o fim do mundo deixou de ser um medo e se tornou uma esperança. Ah, por favor, sem sermões aqui, viu? É óbvio que tento viver um dia de cada vez, mas tem dias que são de cadáver mesmo.
E na mesma história de fim de mundo, como você imagina que seria? Acha mesmo que o Sol vai explodir e nos engolir, talvez? Ou que esgotaremos todos os recursos da Terra? Ou, mais talvez ainda, teremos guerras infindáveis?
Óbvio que todos esses pensamentos não os melhores, né? Mas não é possível que ninguém tenha tido um devaneio desses, pensando se um meteoro cairia em nossas cabeças agorinha mesmo.
Hoje, eu vou desvendar por que não morreríamos (agora) com uma possível explosão do Sol. Prontos? Espero que sim, porque aqui vamos nós.
Que o Sol é uma estrela e que nós orbitamos ao redor dele não é novidade para ninguém. Mas o fato é que ele não estará ali para sempre bonitinho como imaginamos.
Todas as estrelas, em suas fases finais, seguem alguns caminhos e se tornam coisas diferentes, como anãs brancas, estrelas de nêutrons ou buracos negros. São esses os fins possíveis. Ainda assim, elas estão “vivas” e, quando realmente morrem — caso da anã branca que se torna a anã negra — não se tornam visíveis. Há caminhos intermediários pelos quais as estrelas passam até chegarem lá, e acho que podemos desvendá-los na próxima semana.
Sobre o Sol, qual será o seu fim, você sabe?
Para sabermos qual será o verdadeiro final das estrelas, estudamos a sua massa. Como temos o Sol como parâmetro, usamos sua massa para calcular e saber os finais. Estrelas absurdamente massivas, com massa maior que 3 massas solares, terminará em um buraco negro. Uma estrela entre 1,4 e 3 massas solares, se tornará uma estrela de nêutrons. Estrelas com massa menor do que isso, virará uma anã branca.
As especificações e definições eu deixarei para os próximos capítulos. Mas hoje, o que precisamos saber é que o Sol, quando estiver no final da sua vida, quando se transformar em outra coisa, será uma anã branca.
Até chegar lá, ele explodirá, e parece que isso é o maior medo de nossas vidas. Mas deixa eu te contar um segredo? Isso vai demorar tanto, tanto, mas tanto, que teremos morrido há tempos. Então, provavelmente, morremos de guerras, doenças ou qualquer coisa que o ser humano invente, mas de explosão solar, não.
Quando o Sol finalmente explodir, planetas mais próximos, como Mercúrio e Vênus, serão com certeza engolidos. Mas, Tatá, nós somos o próximo na fila, também seremos engolidos?
Talvez sim, talvez não. A extinção humana ocorrerá antes, e ainda não sabemos o motivo, mas agora todos nós sabemos que não seremos mortos pelo Sol, porque a demora será longa demais, estamos falando de milhões ou bilhões de anos.
Imagine que o Sol viverá por cem anos humanos, no momento, ele ainda é só um adolescente, talvez um rebelde, mas apenas um adolescente. Ainda há muito o que crescer, amadurecer e desenvolver.
Semana que vem, voltarei com as explicações sobre o que os estágios que as estrelas passam até chegar ao seu fatídico fim: buracos negros, anãs brancas ou estrelas de nêutrons e, se couber na ementa, o que realmente significa cada final. Se não couber, o próximo do próximo texto já tem até tema.
Te aguardo!






