Argumentos consistentes dos trabalhadores rurais sem terra demonstram a urgência da reforma agrária, propõe colunista
Vinicius Almeida, o Vinne, estudante de economia na Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq-USP), resolveu desdobrar a questão abordada em seu vídeo anterior — segurança alimentar no país & agricultura familiar — dando uma passada pelo MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. E o que ele propõe é que esse movimento, muito longe do caráter negativo que polêmicas mal orientadas tentam lhe atribuir, é um dos termos fundamentais da equação para enfrentar o problema da fome e da insegurança alimentar. O longo e problemático histórico da ocupação e da luta por terras no Brasil revela sempre, diz Vinne, a distribuição fundiária obscena no país, que hoje registra 76,8 % dos domicílios rurais como pequenas propriedades de agricultura familiar, ao mesmo tempo em que, segundo o IBGE, apenas 1% das fazendas ocupa 47,5% das terras usadas para agropecuária no país. Contra esse estado de coisas extremamente prejudicial ao conjunto da população é que se insurge e age o MST, maior produtor de arroz orgânico da América Latina, entre outras credenciais, com base em sólidos argumentos que demonstram que a reforma agrária segue sendo urgente no Brasil. Confira o vídeo!