Ricardo Galvão, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e Carlos Nobre, cientista sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP, foram condecorados pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) com o prêmio de Liberdade e Responsabilidade Científica.
Pela primeira vez a associação premiou cientistas brasileiros. Galvão foi homenageado por sua defesa aos dados do Inpe que comprovaram o aumento no desflorestamento da Amazônia. Em 2019, o professor se manteve firme quanto à sua confiança nos números, o que acabou custando a sua posição no Inpe.
Nobre foi homenageado por seu trabalho de longo prazo para compreender e proteger a biodiversidade e os povos indígenas da Amazônia.
Especialista em física de plasmas e fusão nuclear controlada, o professor Galvão é membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Carlos Nobre também é membro da ABC e foi coordenador do Programa Fapesp de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, de 2008 a 2011. Atualmente, coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas e é um dos presidentes do Painel Científico para a Amazônia, convocado pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
Criado em 2013, o prêmio da AAAS reconhece a atuação de indivíduos ou de pequenas equipes trabalhando em ciência, engenharia ou relações internacionais com contribuição destacada no campo da diplomacia da ciência.
A premiação da última edição aconteceu em cerimônia virtual, no dia 10 de fevereiro de 2021.
Mais informações em: https://bit.ly/3pv3PNx e https://bit.ly/3qyLWi4.