jornalismo, ciência, juventude e humor
Unicamp é considerada a melhor universidade da América Latina
Ranking

por | 18 jul 2018

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi considerada, pelo segundo ano consecutivo, a melhor universidade da América Latina, segundo o ranking da revista britânica Times Higher Education (THE) para a região, divulgado na tarde desta quarta-feira, 18 de julho. A Universidade de São Paulo (USP), ocupante tradicional do topo em listas dessa natureza, pela segunda vez ficou na segunda posição desde que a THE começou a montar um ranking específico para a América Latina, em 2016.

O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, ao declarar sua satisfação com o resultado, disse que “é muito bom notar que as outras duas universidades públicas paulistas, a USP e a Unesp [11ª posição], estão muito bem classificadas, o que mostra a força do ensino público e da educação de qualidade”. Knobel acrescentou ainda que “a liderança da Unicamp é resultado do trabalho que toda a comunidade universitária vem fazendo de maneira estruturada, há muito tempo”.
Num ambiente de ameaças de toda espécie à sobrevivência das universidades públicas no país, financeiras inclusive, foram elas que garantiram, uma vez mais, a boa performance do Brasil no ranking THE para a América Latina 2018. Nas 10 primeiras posições, seis são ocupadas por universidades brasileiras, das quais apenas uma não pública, a confessional Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na sétima posição.

No conjunto, 43 instituições brasileiras estão no ranking, contra 32 no ano passado, num total de 129 universidades de 10 países da América Latina e Caribe. Como dito na notícia da página oficial da Unicamp, “a despeito do destacado desempenho das escolas superiores nacionais, Phil Baty, diretor editorial dos Rankings Globais da THE, sugere que o estresse econômico contínuo está prejudicando o desempenho e a atratividade das universidades brasileiras no cenário global e colocando em risco o potencial futuro do sistema de ensino superior da nação”.

Os critérios de avaliação são os mesmos aplicados no THE World University Rankings – de abrangência global -, mas com modificações para refletir melhor as características das escolas superiores da região. São considerados 13 indicadores de desempenho, dentro de cinco áreas: ensino (ambiente de aprendizagem); pesquisa (volume, renda e reputação); citações (influência da pesquisa); perspectiva internacional (pessoal, estudantes e pesquisa); e renda da indústria (transferência de conhecimento).
A Universidade Federal da Bahia (UFBA), atualmente instituição sede da pesquisa do projeto Ciência na rua, ocupou a 30ª posição entre as universidades latino-americanas, a 14ª entre as brasileira e a primeira colocação da região Nordeste. Nos rankings de 2016 e 2017 a UFBA não teve classificação alguma por problemas no preenchimento dos dados solicitados.

Explore mais detalhes do ranking em https://www.timeshighereducation.com/world-university-rankings/2018/latin-america-university-rankings#!/page/0/length/25/sort_by/rank/sort_order/asc/cols/undefined

Escute o áudio de Marcelo Knobel:

Compartilhe:

Acompanhe nas redes

ASSINE NOSSO BOLETIM

publicidade