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Rumo à Lua

Você já pensou sobre a viagem à Lua? Acha que realmente aconteceu ou foi um delírio coletivo? Eu tenho plena certeza de que aconteceu, mas, assim como há quem acredite que a Terra é plana, há quem acredite também que a viagem à Lua é uma mentira, e tudo bem (tudo bem mesmo??????).

Não podemos enfiar goela abaixo o que acreditamos para as outras pessoas, e é por isso que hoje conversaremos sobre os esforços da Nasa para retornar à Lua.

Perto do 55º aniversário da missão Missão Apollo 11, a Nasa e eu concordamos que está na hora de refazer esse evento histórico, e o programa Artemis muito provavelmente repetirá os dias de glória da humanidade.
Você deve estar se perguntando o quão perto da viagem estamos, né? Eu espero que muito. E eu nem preciso falar dos benefícios de tal feito. A viagem estava programada para novembro do ano passado, mas por problemas técnicos que foram descobertos em voos experimentais o novo prazo para que tenhamos novamente alguém na lua é 2025.

E dessa vez, o avanço não é apenas científico, é um avanço de raça e gênero pois teremos a primeira mulher, Christina Koch, e a primeira pessoa negra, Victor Glove, a explorar o nosso satélite natural. Cada vez mais, estamos nos encaixando em lugares que antes não eram nossos.

Não é apenas ficar impressionado com tal feito, não é. É vibrar de alegria, pois aqueles que ainda são vistos como inferiores conquistarão um pouquinho da vastidão do espaço.

Acho que isso me fez pensar um pouco sobre o que eu quero para o meu futuro. Acredito já ter comentado, mas entrei na Física porque o meu sonho de criança era trabalhar na Nasa. Nunca pensei em algo muito específico, mas sabia que era isso que queria. Conforme os anos se passaram, fui tirando essa ideia da cabeça, até porque é preciso ser realista ao pensar em alguma carreira que de me dê um retorno financeiro.

Seguir meus sonhos me parecia estar muito fora da minha realidade, um capricho que eu não poderia ter. Pensei em diversas maneiras de não ser tão infeliz na profissão que escolheria. Primeiro pensei em engenharia, talvez a civil ou a elétrica, pensando em seguir os passos do meu pai. Tanto que fiz o conhecido vestibulinho da ETEC para edificações e olha, agradeço todos os dias por não ter passado na primeira chamada, foi o tempo suficiente que tive para desistir dessa ideia.

Já no início do ensino médio, me senti perdida, sem saber o que fazer. Me parecia que, àquela altura, eu deveria ter respostas. Mas eu não tinha. A única certeza era que eu deveria virar cientista, fazia parte mim. Mas, novamente, era um luxo que pensava que não poderia ter. Eu não poderia ser tão egoísta e pensar só em mim. A minha mãe sempre me deu tudo, e eu deveria pensar nela e em uma carreira que me permitisse dar a vida confortável que ela merece.

Mas eu percebi que precisava viver a minha vida, já que é apenas uma. Não podia viver infeliz a única vida que tenho. E por esse motivo, ainda sonho com a Nasa. Claro que não penso em ser nenhuma astronauta, acho que não tenho nem cacife para isso. Maaasss… Quem sabe, né, eu não seja a primeira mulher negra na lua? Não custa nada sonhar.

 

ilustração: @paozinho_celestial

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