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Helena Nader será a nova presidente da Academia Brasileira de Ciências
Política científica

por | 30 mar 2022

Com informações do site da Academia Brasileira de Ciências

A biomédica é a primeira mulher a presidir a instituição de mais de 100 anos

Foto: GCOM / ABC

A pesquisadora Helena Nader, professora titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi eleita ontem, 29, para presidir a Academia Brasileira de Ciências (ABC). É a primeira vez que uma mulher comandará a instituição de 105 anos. Ela substituirá o físico Luiz Davidovich, de quem era vice desde 2019. A vice-presidência será ocupada pelo químico Jaílson Bittencourt de Andrade, presidente da Academia de Ciências da Bahia.

Nader nasceu em São Paulo, tem 74 anos, é bacharel em ciências biomédicas pela Unifesp (na época, Escola Paulista de Medicina), licenciada em biologia pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora também pela Unifesp. Ela ocupou outros cargos administrativos em instituições científicas importantes, foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC, onde atualmente é presidente de honra, presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq) e é co-presidente da Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas).

Ela também é membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e da Academia Mundial de Ciências (TWAS, sigla em inglês), e, ao longo de sua carreira, foi agraciada com o Prêmio Almirante Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia 2020, concedido pelo CNPq, Fundação Conrado Wessel e Marinha do Brasil; o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher (2020); o Prêmio Scopus 2007, concedido pela Elsevier e pela Capes; o título de professora Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 2005; o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2022; e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, em 2008, outorgada pelo governo do Brasil.

Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada ontem, a pesquisadora afirmou que seu principal desafio na presidência da ABC será a reconstrução da educação básica. “A ciência é a base, mas o principal é a educação. E a ciência na educação serve para gerar espírito crítico nas crianças, fazê-las pensar, questionar.”

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