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Foi difícil, mas, vencemos!

por | 28 dez 2022

Por Thaciana de Sousa Santos

Num ano tão duro, a tentação para desistir foi imensa, mas, com os apoios certos, persistimos e ganhamos, diz colunista

Acabou. Finalmente, acabou. Agora estou oficialmente de férias, já fiz todas as provas e enquanto estava escrevendo, saiu o resultado da última prova que fiz e deu tudo certo. Vou para o próximo semestre de cabeça erguida.

O ano foi intenso, acho que nunca vivi tantas emoções assim, mas, de certa forma, estou feliz. Fiz o que pude, talvez não tenha sido o suficiente, mas foi o meu melhor. Infelizmente eu não me adaptei à faculdade ainda, sofri muito e espero que no próximo ano isso melhore.

Já contei tudo o que não deu certo e, querendo ou não, foi um aprendizado. Sei o que mudar, o que fazer diferente para tornar essa jornada, um pouco menos dolorosa. Mas já foi, já acabou, agora é só viajar e curtir as férias.

Mesmo tendo um ano tão turbulento, só não foi pior porque conheci pessoas incríveis, e aquelas que eu já conhecia me deram um apoio surreal. O meu namorado esteve do meu lado o tempo todo, durantes os choros e o desespero. Toda vez que eu falava que ia trancar o curso, ele dizia para esperar um pouco, ser forte por mais um tempinho, e ele tinha razão. É o que eu amo, mesmo entre trancos e barrancos, e tudo está se ajeitando.

Sou muito grata por ter a Carina e o Giovanni, eles me ensinaram mais de mim mesma. Acreditaram que eu era capaz, estiveram do meu lado o ano inteiro, me abraçaram e secaram as minhas lágrimas. Eu nunca imaginei que teria tanta intimidade e confiança com eles em tão pouco tempo. Mas estamos juntos. E não é apenas uma amizade na faculdade, é amizade de vida. Compartilhamos tudo uns com os outros e a Carina até brinca que eu e ela vamos “cagar” e ficamos conversando no banheiro.

Eu não sei como teria sido este ano na faculdade se não os tivesse conhecido, e nem quero imaginar. Já foi tudo meio ruim mesmo com eles, já pensou sem?

Mas chega disso, de tristeza, eu venci o primeiro ano, faltam só mais 4. E vai dar tudo certo porque eu tenho uma rede de apoio sensacional e principalmente, a minha mãe. Ela sentiu tudo o que eu senti, sempre se preocupando em como eu estava, como estava me sentindo e tentando fazer o que podia para deixar tudo, um tantinho que fosse, mais fácil.

Mas tudo vai ficar melhor, para mim e para você. Nós passamos por muitas coisas e somos capazes de tudo. Falando assim até me sinto aquelas coach motivacionais, vou até escrever um livro de autoajuda.

Estou de viagem, merecidamente, pois deixei de viajar no ano de vestibular e, agora, estou sem nenhuma pendência. Não vou precisar fazer prova em janeiro, então eu vou lotar o meu cérebro de informações inúteis e assistir muitos filmes e séries ruins (aquelas que todo mundo assiste e bomba), vou tentar ler o máximo de livros que eu puder e começar a academia.

Vem aí, Thaciana turbinada 2023. Nada vai me abalar, mas antes de falar do futuro, tenho outra coisa muito importante para dizer: obrigada! Vocês me acompanharam durante essa saga de caloura, recebi mensagens incríveis me apoiando, e poder compartilhar a minha rotina aqui, não teve preço.

Eu amo escrever e achei que perderia isso durante o curso, mas isso aqui, esse espaço, meu, seu, nosso, mudou tudo. Vivi coisas que nunca imaginaria e espero ter a chance de tornar o primeiro ano de alguém um tanto quanto mais suave, sem tanta pressão.

Me despeço de 2022 e de vocês (por enquanto), muito feliz com tudo o que conquistamos.

Beijos!!!!

Tatá.


Thaciana de Sousa Santos, a Tatá, é estudante de graduação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e escreve semanalmente para o Ciência na Rua

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