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Ao trabalho

por | 22 maio 2024

Na última semana eu comentei que comecei um estágio. Isso mesmo, agora estou trabalhando em horário comercial.

O primeiro ponto é que: estou exausta. Nada mais, nada menos, apenas exausta. Saio de casa às 7h e dependendo do dia, volto só à 1h. Isso mesmo, uma da manhã ou madrugada, como cada um preferir. Em alguns outros dias, chego 23h30 e na segunda, por um milagre divino, chego em casa 18h20, pois não tenho aula.

O meu horário de estágio é das 9h até 16h, com uma hora de almoço. Recebo os benefícios bonitinho, e o salário ainda não caiu, pois estou apenas na 3ª semana de estágio.

Eu sei que fofoca pela metade mata fofoqueiro e tenho certeza que estão esperando o resto da história. Então vamos desde o início.

No começo do ano, decidi que iria procurar estágio. Ainda não tinha nenhuma área em específico, tentei em escola, mas, pelos horários, seria ruim. Mais ou menos em março, estava olhando o mural de vagas da faculdade, vendo se alguma coisa me agradava e se o horário era compatível. Como estamos falando de estágio, o horário é bem mais flexível.

Até que encontrei alguma coisa, uma vaga para estágio em física médica, na Fradique Coutinho. O horário me agradou e por ser pertinho da faculdade, o acesso ficava bem mais fácil, pensando nas minhas aulas a noite. Então me inscrevi e fiquei aguardando.

Nesse meio tempo, estava cursando uma matéria no diurno: Introdução à Relatividade. Pensando na minha carreira, é uma disciplina super importante para a cosmologia, mas também é super densa. Eu imaginava que seria um pouco complicada, mas nada muito exorbitante, pensando que é apenas uma disciplina eletiva. Mas não foi exatamente assim.

Toda aula era conteúdo novo, extremamente desgastante. O professor corria com a matéria, lista quilométrica a cada duas semanas. Estava pior que as obrigatórias. Então decidi trancar, porque não sobrava tempo para me dedicar ao que de fato importava.

Antes de abrir o formulário de trancamento, fui chamada para fazer a entrevista onde tinha me candidatado. Fiz a entrevista na primeira semana da abril e, lá pela terceira semana, recebi o e-mail avisando que tinha sido aprovada. Aí foi aquilo de mandar dados, fazer exame admissional e finalmente trancar a disciplina que estava me dando tanto trabalho.

Dia 6 de maio, comecei o estágio. É uma peteca ter que lidar com a vida pessoal, acadêmica e agora, o trabalho. Fica aqui a minha admiração para quem logo no início do curso já trabalhava, porque eu estou aos pedaços.

E o pior foi que tive prova nas duas últimas semanas, que, coincidentemente, foram a primeira e a segunda semanas do estágio. Já sabem, né? Foi aquela peteca para lidar com os dois, além da privação de sono. Mas, apesar disso tudo (que é bastante, espero que estejamos de acordo), eu estou gostando.

Mesmo não sendo na área que sonho como carreira, é bom ter uma experiência diferente, entender como funciona um escritório, lidar com pessoas já formadas. Enfim, o diferente nem sempre é ruim.

Na semana que vem, eu conto para vocês como que é carreira do físico médico, a formação e todas as curiosidades possíveis do curso de Física Médica, que é uma graduação nova, aqui na USP da capital.

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