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Prêmio Jovem Cientista reconhece esforço para preservar a natureza

A última terça feira, 30 de outubro, foi de festa na comunidade científica. Naquele dia, em Brasília, aconteceu a entrega do Prêmio Jovem Cientista. Em sua 29a edição, o louro contemplou a gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, com o primeiro lugar na categoria ensino médio.

Juliana revela paixão pelo jaleco de pesquisadora

A estudante criou um um filme plástico biodegradável feito com casca de maracujá. A inquietação de Juliana nasceu ao observar o excesso de lixo orgânico produzido pelo cultivo dessa fruta, que contamina o solo e gera montes de resíduos. Usando um método conhecido como casting, ela desenvolveu uma embalagem comestível feita a partir do maracujá, que se biodegrada em 20 dias.

O Prêmio Jovem Cientista é promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e contempla três categorias: estudantes do ensino médio, como Juliana; estudantes de graduação; e mestres ou doutores.

Os prêmios entregues este ano, reforçaram o reconhecimento às pesquisas relacionadas à conservação do meio ambiente. O vencedor da categoria ensino superior foi o estudante Célio Henrique Rocha, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que inscreveu um levantamento sobre a percepção da população em relação a áreas preservadas no Recife e como essa ideia pode promover a gestão das unidades de conservação no estado.

O pernambucano Célio estudou Recife

Em entrevista a Empresa Brasil de Comunicação, Rocha disse que Recife é seu laboratório. “Lá, 30% do território é composto por fragmentos florestais e unidades de conservação”, explicou. “Num contexto de superurbanizacao, é muito

importante levantar essa bandeira da conservação”.

De acordo com o CNPq, mais de 1.500 estudantes e pesquisadores de todo o Brasil inscreveram trabalhos para a edição do prêmio em 2018, que teve como tema as inovações para conservação da natureza e transformação social.

João Vitor, da UFAL

Entre os inscritos, está João Vitor Campos e Silva, vencedor da categoria Mestre e Doutor. Ele é paulista e estudou, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), os impactos de um modelo de conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu. O objetivo desse modelo é preservar espécies para garantir sobrevivência às comunidades da região.

Cada pesquisador ganha, além de uma poupança com valor aproximado de R$ 30 mil, o reconhecimento da comunidade científica e estímulo para seguir na carreira. A estudante Juliana Davoglio resumiu bem esse sentimento no discurso que fez ao receber o louro: “Descobri esse mundo pelo qual sou apaixonada. Nunca tinha usado um jaleco na minha vida”.

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