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Biota + 10, mais 20, mais…

por | 18 jan 2016

O Biota-Fapesp nasceu em 1999, naquele momento pensado como um programa de pesquisa para durar 10 anos. Mas em 2009, sua vigência foi estendida para 2020 e, caso se considere a importância decisiva da preservação ambiental para o futuro do planeta e mais a excelência do programa, certamente esse horizonte logo começará a ser empurrado para mais adiante.

Há uma história por trás da primeira extensão, que deu ao programa a marca sintética de Biota+10. Era julho de 2008, aproximava-se o aniversário de uma década e acontecia em Araraquara a IV Reunião de Avaliação do Biota-Fapesp.

Concluiu-se que era necessário começar a planejar sua continuidade. Não fazia sentido deixar o programa morrer, depois de tantas conquistas e tanto caminho ainda a percorrer.

Quem levou essa recomendação primeiramente à diretoria científica da Fapesp foram os membros do Comitê Internacional de Avaliação, o Scientific Advisory Committe, ou seja, respeitados cientistas internacionais que participaram da avaliação em Araraquara.

A recomendação foi reforçada depois em reuniões da Diretoria Científica da Fundação com a coordenação do Biota. E com esse objetivo, no começo de 2009, o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, renovou completamente a coordenação do programa, mantendo dos antigos membros somente Vanderlan Bolzani, professora do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista em (IQ/Unesp Araraquara) e Carlos Alfredo Joly, professor do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de Campinas (IB/Unicamp), reconduzindo-o ao cargo de coordenador.

Joly, aliás, foi quem sonhou, idealizou o Biota, e por ele batalhou junto à Fapesp desde 1997. Entraram como novos membros da coordenação os professores Célio Haddad, do Instituto de Biociências (IB-Unesp de Rio Claro), Luciano Martins Verdade, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e Mariana Cabral (IB-USP).( https://agencia.fapesp.br/passo_acelerado/10221/).

Adiante, para reforçar o alcance do BIOprospecTA, subprograma do Biota Bioprospecta subprograma do BIOTA voltado à utilização econômica de moléculas ou processos da biota nativa, ou seja, seu uso na indústria de alimentos, de fármacos e cosméticos, Roberto Berlinck, professor do Instituto de Química (IQ-USP São Carlos) passou a integrar a coordenação do programa. No final de 2013 entrou também André Freitas, do Instituto de Biociências (IB/Unicamp), em substituição a Haddad que fora passar um longo período no exterior.

O Plano Científico (Science Plan) do Biota até 2020 resulta do compromisso da nova coordenação de desenvolvê-lo junto com a comunidade de pesquisadores e alunos vinculados ao programa. E junto com as comemorações dos 10 anos, em junho de 2009, o “Workshop Biota +10: definindo metas para 2020” foi o ambiente para a discussão do plano de trabalho até 2020, quando se encerra a Década da Biodiversidade da ONU.

Cinco fatores foram extremamente determinantes para a renovação do apoio da FAPESP ao Biota até 2020:

  1. A qualidade e a quantidade de publicações em revistas indexadas de alto impacto, incluindo Science e Nature, decorrente das novas interfaces criadas pelo Programa. Nos primeiros 10 anos, pesquisadores do Biota publicaram mais de mil trabalhos.
  2. A alta capacidade e qualidade na formação de recursos humanos para pesquisa em biodiversidade. Em 10 anos o Biota treinou 172 alunos de Iniciação Científica, formou 169 Mestres e 108 Doutores, além de ter capacitado 79 Pós-Docs.
  3. O fato do Biota ter conseguido transformar o avanço do conhecimento no aperfeiçoamento da legislação ambiental do Estado de São Paulo. Em 10 anos 18 instrumentos legais do Estado de São Paulo mencionam explicitamente o Programa Biota como base dos avanços no arcabouço legal da conservação e restauração da biodiversidade.
  4. A visibilidade nacional e internacional que o Programa deu à FAPESP nas pesquisas em biodiversidade.
  5. As seis avaliações positivas que o Biota recebeu do Comitê Científico Internacional que avaliou o Programa desde a sua criação em 1999. A 1ª avaliação internacional ocorreu em dezembro de 1999, a segunda em dezembro de 2000, a terceira em dezembro de 2001, a quarta em dezembro de 2003, a quinta em novembro de 2005 e a sexta em julho de 2008.

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