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Aplicativo usa tecnologia de reconhecimento de rosto para identificar e encontrar animais perdidos
Cães abandonados agora podem ser mapeados e encontrados

Cães abandonados agora podem ser mapeados e encontrados

Cachorros e gatos de Vinhedo, no interior de São Paulo, nem imaginam, mas estão vivendo numa espécie de Big Brother. Não são espionados por uma centena de câmeras de vídeos transmitindo para todo o Brasil, mas têm seus rostos fotografados e catalogados por um aplicativo desenvolvido recentemente chamado CrowdPet.

O app é fruto do trabalho da empresa SciPet, que nasceu e se desenvolveu na incubadora da Universidade Estadual de São Paulo, Unicamp. Seu objetivo, no entanto, não é seguir sem tréguas a vida dos animais. A causa é nobre. O cientista da computação Fabio Piva, diretor executivo da SciPet, conta que o CrowdPet usa a tecnologia de comparação de imagens, a chamada visão computacional, para atuar em prol da causa animal e é uma plataforma inteligente, colaborativamente alimentada por seus usuários.

“A ideia é que as pessoas se envolvam no mapeamento e auxílio a animais de rua”, defende e explica como funciona o aplicativo: “por um lado, os donos de cães e gatos alimentam a plataforma com informações sobre seus pets, como nome, fotos, localização e características de identificação. De outro lado, agentes da causa animal podem submeter fotos de animais, abandonados ou perdidos que avistarem nas ruas”. Assim, se alguém perder um cachorro ou um gato, sinaliza o acontecimento no aplicativo, que automaticamente fará a busca por animais semelhantes em regiões próximas, auxiliando a identificação e localização do mascote perdido. Também as ONGs que militam no cuidado com os animais podem usar a plataforma para promover adoções.

Pets na tela do aplicativo

Pets na tela do aplicativo

O projeto piloto do CrowdPet está acontecendo em Vinhedo. Ali, o Centro de Controle de Zoonoses do município está aproveitando o cadastramento dos pets para criar um banco de dados sobre os animais de rua e abandonados. Os testes em comunidades são importantes para concluir o desenvolvimento do app e também para melhorar o atendimento a instituições de uma forma geral. Quando esse primeiro ciclo estiver concluído, a SciPet pretende firmar parcerias e novos testes em outras cidades já no primeiro semestre de 2018.

“Futuramente, para as prefeituras parcerias, os dados coletados pelo CrowdPet estarão disponíveis em tempo real através de serviço contratável. A ideia é que, com informações mais precisas e constantemente atualizadas sobre a população animal de sua cidade, os tomadores de decisão possam aplicar os recursos destinados ao bem estar Animal mais eficientemente, gerando o maior impacto social possível”, propõe Piva.

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