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A menina que doa livros quer ser cientista

por | 1 mar 2016

 

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Uma vez, um adulto já meio velhinho me perguntou se eu tinha um livro de biologia, eu tinha um do sétimo ou oitavo ano e ele acabou levando, disse que era para seu neto, que estava precisando na escola. Já doei muitos livros de vários assuntos, não me recordo todos os nomes. Tenho alguns títulos de ciência que adoro e não pretendo doar, por exemplo, o Manual do Mundo: 50 Experimentos para Fazer em Casa, de Alfredo Luis Mateus e Iberê Thenório e alguns outros sobre o corpo humano.

Meu desejo é ser pediatra e cientista, me interesso muito pelos assuntos relacionados. Quando eu tinha sete anos, comecei a me interessar por química assistindo alguns experimentos pela internet. O que mais me fascina são as “poções” químicas.

Há um ano e meio aproximadamente montei um mini-laboratório em casa, já fiz misturas e até dissecações de insetos. O que mais chamou minha atenção foi ver uma gota de sangue no microscópio. Ganhei alguns kits de química e experimentos e quis compartilhar o que sabia, então resolvi gravar um vídeo e coloquei no Youtube. Preciso atualizar meus experimentos, nesse vídeo eu ainda tinha oito anos.

Leio muito sobre ciência na internet e em livrarias. Agora mesmo estou lendo a revista 423 Curiosidades da Ciência, da Coleção Mundo Estranho, Editora Abril. Estou adorando!  Gosto muito de ir ao museu do Butantan, o que mais gosto é o de microbiologia. Já fui muitas vezes e adoro ver as bactérias nos microscópios. Gostaria de aprender a desenvolver vacinas e trabalhar lá.

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O texto de Giovanna Zambaldi Pampolin, “a menina que doa livros”, como ficou conhecida há alguns meses, nos jornais e sites de notícias, foi encaminhado a nosso pedido ao Ciência na Rua por seu pai, Paulo Henrique Pampolim, fotógrafo. Com tantas obras em casa, ela resolveu aproveitar os passeios de domingo no Elevado Presidente Costa e Silva, o famoso Minhocão da zona oeste da capital paulista, e levar seu acervo para doação. Com cartazes coloridos, convida os pedestres a conhecerem os títulos e, se gostarem de algum, levar para casa. A menina pede uma única coisa em troca: passar o livro adiante após a leitura.10805595_399594310223924_8986769273125780079_n

Na “estante” de doações já passou de tudo um pouco, livro infantil, clássicos, aventuras, gibis, história, fotografia, poesia, suspense e, como dito em seu depoimento, livro de biologia. Paulo Pampolin disse não ter como estimar a quantidade de títulos já doados por sua filha, mas garante que foram muitos.

Giovanna é filha única (mora com a mãe), lê de um a dois livros por semana e, após a leitura, separa para doação. As idas ao Minhocão para compartilhar as obras acontecem de 15 em 15 dias, nos finais de semana que passa com o pai em São Paulo. Quem quiser ficar por dentro da agenda de doações, pedir um título em especial ou mesmo acompanhar a aventura da Giovanna basta seguir a página do Facebook.

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